sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Incubadoras mineiras participam de encontro no gabinete do governador do Texas


A delegação mineira composta por 11 incubadoras de empresas de base tecnológica e representantes do Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Rede Mineira de Inovação (RMI) participaram, nesta quarta-feira (25), de um encontro com o gerente de negócios internacionais do Texas, Amir Mirabi, e com o diretor regional do Texas Emerging Technology Fund, Jonathan Taylor, que apresentou o fundo criado em 2005 que destina recursos para a geração de empresas. 


Segundo ele, hoje o Texas é o estado que mais investe em capital de risco no país. “Não é um dinheiro livre, o estado passa a ser dono da empresa, e às vezes o estado se torna até o sócio majoritário. O capital é muito arriscado”, frisou. Desde o lançamento do fundo, ainda de acordo com Taylor, 1.800 empresas já procuraram o estado em busca de financiamento no valor de U$4 milhões. “É um investimento grande e o Texas não ganha com isso. Cerca de 60% das empresas vão falhar, mas se 5% obtiver sucesso, já valerá a pena”, disse. Nas 176 empresas investidas pelo Fundo, segundo ele, apenas uma foi à falência. “Numa das empresas que deu certo. Nós investimos U$3 milhões e essa mesma empresa foi vendida por U$100 milhões".
Caça – Segundo Taylor, a lei autoriza que a instituição gaste cerca de U$4 milhões para trazer um pesquisador para o Texas, sua equipe e adquirir qualquer equipamento que ele necessite. “Temos U$160 milhões para fazer isso e estamos fazendo. Buscamos os cérebros em todos os países do mundo e faremos isso com o Brasil. A China anunciou em maio que também está em busca de pesquisadores de outros países e que gastará U$ 4 bilhões para fazer isso. É uma competição global”, disse.
“Queremos trazer as melhores idéias e mentes do mundo e ´embrulhá-las` em empresas. E quando a empresa tem sucesso, esse recurso volta para a população”. Ele defende que há mais doutores em Houston do que no Canadá inteiro. “O futuro desse país é o Texas. Já estamos comprando nas universidades de Stanford e Barkeley, na Califórnia ”, gabou-se. Ele disse que nenhuma das empresas brasileiras se candidatou ao fundo, apenas da Austrália, México e Israel. “E as empresas brasileiras, nós ou a China, alguém vai querer roubar”, ironizou.
O investidor de risco, na opinião de Jonathan, quer receber três a quatro vezes o valor investido, mas o Texas, garantiu, só quer receber o recurso investido de volta. “Imagine um programa que crie empregos, cure doenças e que não custe dinheiro. Esse é o nosso programa”. E fez um alerta: “universidades brasileiras, guardem seus pesquisadores porque o estado do Texas está à caça”. E finalizou convidando os participantes da missão a levarem suas empresas para o Texas, confirmando que está aberta a temporada de caça.

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